Como é feito o controle de qualidade em extintores de incêndio?

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Imagine a cena: um princípio de incêndio começa dentro de um pequeno escritório. O extintor na parede é a única esperança de conter as chamas antes que elas se espalhem. Nesse momento, não há espaço para erros. O equipamento precisa funcionar, sem falhas, sem hesitação. É aí que entra a importância do controle de qualidade nos extintores de incêndio feito por empresas especializadas como a Hiper Fire Extintores.

O que é controle de qualidade em extintores de incêndio?

qualidade em extintores de incêndio

Controle de qualidade é um conjunto de procedimentos técnicos e normativos que garantem que os extintores estejam funcionando corretamente e estejam em conformidade com os padrões de segurança definidos. No caso do Brasil, esses padrões são regulados principalmente pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e pelo Corpo de Bombeiros de cada estado.

Esse controle não se limita ao momento em que o extintor é fabricado. Ele acompanha o equipamento durante toda a sua vida útil, passando por inspeções, testes hidrostáticos e recargas regulares.

Por que esse controle é essencial?

A resposta é direta: segurança. Um extintor mal recarregado, com pressão inadequada ou defeitos na válvula, pode falhar justamente quando mais se precisa dele. Isso pode causar prejuízos materiais imensos e até colocar vidas em risco. Além disso, empresas que não mantêm seus extintores em conformidade estão sujeitas a multas e até interdições.

Etapas do controle de qualidade na fabricação

Inspeção de matéria-prima

O controle começa ainda antes do extintor ganhar forma. As empresas responsáveis pela fabricação analisam a qualidade da matéria-prima:

  • Cilindros de aço devem atender a especificações rígidas de espessura e resistência.
  • Válvulas precisam ser testadas contra vazamentos.
  • Componentes plásticos são verificados quanto à resistência ao calor.

Testes durante a montagem

Durante a montagem do extintor, são feitos diversos testes em etapas específicas. Um dos mais importantes é o teste de estanqueidade, onde o extintor é preenchido com ar ou água para verificar se há vazamentos.

Alguns modelos também passam por testes de acionamento, nos quais se verifica se a válvula funciona corretamente e se o jato é direcionado de maneira eficaz.

Ensaios hidrostáticos

Esse teste é obrigatório em intervalos regulares, mesmo após o extintor já estar em uso. Consiste em preencher o cilindro com água e submetê-lo a uma pressão superior à que ele normalmente suporta. Se houver qualquer sinal de vazamento, deformação ou falha, o equipamento é reprovado.

O INMETRO exige que extintores de incêndio passem por ensaios hidrostáticos a cada 5 anos, sendo esse prazo reduzido se o extintor apresentar sinais de avaria ou ferrugem.

Controle de qualidade nas recargas

Extintor com Selo do INMETRO

O extintor não é um item descartável. Depois de usado (ou mesmo sem ter sido usado), ele precisa passar por revisões e recargas periódicas.

O que acontece em uma recarga?

Ao chegar em uma empresa autorizada, o extintor passa por:

  • Inspeção visual: verificação de danos, ferrugem, amassados, ausência de lacres ou sinais de uso indevido.
  • Esvaziamento completo: o conteúdo é removido para que se possa inspecionar o interior.
  • Limpeza interna: feita para retirar resíduos que possam comprometer o funcionamento.
  • Substituição de peças: válvulas, anéis de vedação e mangueiras podem ser trocados.
  • Reabastecimento com agente extintor: pó químico seco, água, CO₂ ou espuma, conforme o tipo.
  • Pressurização e nova vedação.
  • Teste de estanqueidade novamente.
  • Colocação do selo do Inmetro e etiqueta de validade.

Esse processo é regulado pela Portaria 206/2011 do Inmetro, que obriga que todas as recargas sejam feitas por empresas certificadas.

Certificações obrigatórias

Todas as empresas que atuam com fabricação, recarga ou manutenção de extintores precisam estar certificadas. As principais certificações incluem:

  • Certificação Compulsória do Inmetro
  • Autorização do Corpo de Bombeiros
  • Certificação ISO 9001 (em muitos casos, não obrigatória, mas valorizada)

Sem essas autorizações, o serviço prestado é considerado irregular e pode ser até perigoso. A compra de extintores de empresas não autorizadas pode resultar em equipamentos falsificados ou inseguros.

Como saber se um extintor está com o controle em dia?

Muitas vezes, o próprio usuário ou dono do imóvel pode fazer uma inspeção visual rápida. Fique atento aos seguintes detalhes:

  • Selo do Inmetro visível e legível
  • Etiqueta de validade da recarga
  • Manômetro na zona verde
  • Presença do pino de segurança e lacre
  • Sem sinais de ferrugem ou amassados

Se houver qualquer irregularidade, é fundamental levar o extintor até uma empresa especializada.

extintor de incendio

Erros comuns e riscos associados

Muita gente acredita que o extintor, uma vez comprado, está pronto para sempre. Isso é um erro perigoso. Entre os principais descuidos estão:

  • Não respeitar o prazo de validade da carga
  • Deixar o equipamento em locais úmidos ou expostos ao sol
  • Usar o extintor e não comunicar para recarga
  • Comprar extintores de fontes duvidosas

Essas práticas comprometem a segurança do equipamento e podem invalidar o seguro em caso de incêndio.

Normas e legislações que regulam o controle de qualidade

O setor de combate a incêndios no Brasil é rigidamente normatizado. Algumas das normas mais importantes são:

  • NBR 12962: especifica os ensaios e requisitos para extintores de incêndio
  • NBR 12963: trata das instruções para inspeção, manutenção e recarga
  • Portaria Inmetro nº 206/2011: regula os critérios de certificação
  • Instruções técnicas do Corpo de Bombeiros: variam por estado, mas seguem a ABNT

Essas normas estão sempre passando por atualizações, justamente para acompanhar o avanço tecnológico e corrigir falhas detectadas no mercado.

Novas tecnologias no controle de qualidade

Com o avanço da tecnologia, surgem novos recursos para aprimorar o controle de qualidade dos extintores. Hoje já existem:

  • Selos com QR Code: permitem verificar a autenticidade e histórico do extintor
  • Sistemas de rastreabilidade digital: monitoram todas as etapas da recarga
  • Equipamentos automatizados de teste: reduzem falhas humanas
  • Sensores que identificam temperatura e pressão em tempo real

Essas inovações aumentam a confiabilidade do equipamento e trazem mais segurança para empresas e residências.

Quem fiscaliza as empresas que recarregam extintores?

A fiscalização é feita por diferentes órgãos, entre eles:

  • Inmetro: fiscaliza a conformidade com as normas técnicas e aplica sanções em caso de irregularidades.
  • Corpo de Bombeiros: realiza vistorias em edifícios e cobra documentação atualizada.
  • Procon: pode ser acionado em caso de venda irregular ou propaganda enganosa.

Empresas que descumprem a legislação estão sujeitas a multas pesadas e podem perder o direito de operar.

Boas práticas no uso e manutenção

Para garantir que os extintores estejam sempre prontos para uso, é essencial adotar algumas boas práticas:

  • Faça inspeções visuais mensais nos extintores
  • Contrate empresas com certificações válidas
  • Mantenha os equipamentos em locais visíveis e de fácil acesso
  • Evite obstruções ou objetos que dificultem o acesso
  • Treine os funcionários para saberem usar corretamente o equipamento

Essas atitudes simples evitam acidentes e garantem o funcionamento ideal do equipamento em caso de emergência.

Por que existem diferentes tipos de extintores?

Os incêndios não são todos iguais. Cada um tem uma origem, um tipo de material envolvido e um comportamento diferente. Um fogo que começa em madeira, por exemplo, não é igual a um que se espalha por causa de óleo de cozinha ou pane elétrica.

Por isso, os extintores foram desenvolvidos com substâncias específicas para interromper a combustão de determinados elementos. Usar o extintor errado, além de não resolver, pode piorar a situação.

Como são classificados os incêndios?

Antes de falar dos tipos de extintores, é preciso entender a classificação dos incêndios. No Brasil, usamos a norma da ABNT NBR 12693, que divide os incêndios em cinco classes:

  • Classe A: materiais sólidos combustíveis comuns, como papel, madeira, tecido e plástico.
  • Classe B: líquidos inflamáveis, como gasolina, álcool, solventes e graxas.
  • Classe C: equipamentos energizados, como painéis elétricos, motores e tomadas.
  • Classe D: metais combustíveis (como magnésio, lítio, alumínio em pó).
  • Classe K: óleos e gorduras vegetais ou animais em altas temperaturas (comum em cozinhas industriais).
qualidade em extintores de incendio

Comparativo prático: qual usar em cada lugar?

Nem sempre a gente sabe que extintor instalar em um local. Veja abaixo algumas recomendações práticas, baseadas em orientações técnicas do Corpo de Bombeiros de São Paulo:

Residências:

  • PQS é o mais indicado, por ser eficaz para a maioria dos tipos de incêndio doméstico.
  • CO₂ pode ser usado para cozinhas ou áreas com muitos eletrodomésticos.

Escritórios:

  • CO₂ é o mais indicado por não deixar resíduos.
  • PQS também pode ser usado como complemento.

Carros:

  • PQS de 1 kg, obrigatório por lei para veículos de transporte escolar e recomendável para outros automóveis.

Restaurantes:

  • Classe K obrigatório em cozinhas profissionais.
  • CO₂ para equipamentos elétricos próximos.

Indústrias:

  • Espuma mecânica para áreas com risco de combustíveis líquidos.
  • Classe D se houver metais inflamáveis.

Como identificar o extintor?

A identificação visual é simples e padronizada. Cada extintor tem:

  • Faixa colorida com a indicação da classe de incêndio.
  • Rótulo com instruções de uso, validade e tipo de agente extintor.
  • Selo do INMETRO, obrigatório por lei.

Olhar apenas a cor do cilindro não basta. O que vale é a faixa e o conteúdo interno.

Posso usar um extintor vencido?

Não. Os extintores têm validade e precisam passar por manutenção periódica. Um extintor fora do prazo pode falhar na hora mais crítica.

A manutenção obrigatória segue estas recomendações da ABNT:

  • A cada 12 meses: inspeção e recarga.
  • A cada 5 anos: teste hidrostático (verifica pressão e estrutura do cilindro).

Utilizar um extintor vencido, além de perigoso, pode gerar multa em fiscalizações do Corpo de Bombeiros.

Quem deve treinar para usar extintores?

Toda empresa com mais de 20 funcionários deve ter uma Brigada de Incêndio, treinada para usar extintores corretamente. Mas o ideal é que qualquer pessoa saiba o básico, pelo menos:

  • Retirar o lacre.
  • Segurar pela base e apontar para a raiz do fogo.
  • Pressionar o gatilho e fazer movimento de varredura.

Alguns cursos gratuitos são oferecidos por prefeituras, unidades do Corpo de Bombeiros e empresas especializadas em segurança.

Dúvidas frequentes sobre controle de qualidade

Extintor vencido ainda funciona?
Pode até funcionar, mas não é seguro. A validade garante que o equipamento foi testado e está em plenas condições. Usar um extintor vencido pode significar falha no momento crucial.

Qual a frequência de recarga obrigatória?
Mesmo sem uso, a recarga deve ser feita a cada 12 meses. Em caso de uso, ainda que parcial, a recarga deve ser imediata.

É permitido fazer a recarga em qualquer lugar?
Não. Apenas empresas certificadas pelo Inmetro e autorizadas pelo Corpo de Bombeiros podem realizar recargas.

O extintor pode ser consertado em caso de defeito?
Depende do tipo de defeito. Alguns problemas permitem troca de componentes. Mas se o cilindro estiver comprometido, o extintor deve ser descartado.

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